terça-feira, 14 de setembro de 2010

azar

Do despertador soltou-se em volume elevado uma cantoria estridente: “A cabra da tua tia que berrava quando fugia!” Não sei o que aconteceu ao António Peres Metello e à sua crónica sobre as forças e as fraquezas da Economia!
Começo bem a semana…ao atar as sapatilhas “tudo estrelas”, um dos atacadores rebenta e fica a balançar do punho cerrado. Lembro-me de ter sonhado com um árabe enrugado de olhos claros e pele escura que repetia “azzahar”…já te entendi, sucesso infausto, desgraça, má sorte ou sorte macaca!
Não tenho tempo para trocar o atacador, por isso troco de sapatilhas. Que dia é hoje afinal? Parece que é 13! Lá vai o autocarro, dou uma corrida e consigo entrar, sorrio à sorte madrasta, afinal nem tudo corre mal até o autocarro virar à esquerda em vez de seguir em frente…Merda, número errado, já vou chegar atrasado! Sem tempo para o café, tenho um inventário pela frente, prateleiras e prateleiras para passar a pente fino! “Que urucubaca!”, grita uma colega, quando o meu tabuleiro com o almoço voa vinte metros e aterra em cima de um fiscal das finanças! Que o quê? Cafife, azar…urucubaca vem de urubu, ave de mau agouro e cumbaca, um peixe azarento que se pescado estraga o dia do pescador. Para a pessoa se livrar da urucubaca nada como dar uma pancada na madeira com as costas dos dedos da mão direita. As mesas são de plástico!

Sem comentários:

Enviar um comentário