sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

hoplita

Precisava de um gravador mental, um que fosse imprimindo na forma de fita magnética ou então digitalizando em bits e bytes todos os pensamentos que vou vomitando e que nem sempre conseguem alcançar o papel na forma de caracteres legíveis.
Ontem explodiam na minha cabeça, cruzamentos interessantes, palavras novas ou pouco usadas, hoje já não as encontro, mas a história é algo assim:

Desde a grande separação de 1982, funcionava um sistema complicado mas aprazível para ambas as partes progenitoras, baseado no "este dia é teu, este dia é meu"! Ainda o dia 23 de janeiro estava longe e já se tomavam medidas reivindicativas! tudo muito simples, se esse dia fosse à semana. Ouvia-os respirar de alivio, enquanto decretavam em diário da república: no dia 23 comemora com a família paterna no Porto, no fim de semana seguinte, comemora com família materna na Figueira!
A coisa complicava-se quando o dia 23 lá calhava num sábado ou domingo, não havendo entendimento entre as partes intervenientes. Da última vez que isto aconteceu, declarei que não voltaria a comemorar o meu aniversário com nenhuma das partes, passando os aniversários seguintes fora do país!
Este ano a pedido dos meus avós, e precavendo possíveis contendas, decidi convidar os dois lados da barricada para um almoço em minha casa. Não podia deixar de convidar também a realeza de Ítaca, avisando-a dos riscos a que estaria sujeita num almoço, não de uma, mas de duas famílias. Mas ela mesmo assim aceitou, colocando prontamente o seu elmo reluzente, armada de espada e de um pesado escudo, uma hoplita pronta para a guerra!

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