segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

hoplita parte dois

Com a perna apoiada no braço do sofá, deslaça as tiras de couro das cnêmides de bronze que lhe protegem a canela e o topo do joelho.
Penélope de olhos quase verdes e sorriso aberto provoca-me e beija-me através do elmo espartano de crina negra, aquecendo o metal ao toque, ao mesmo tempo que me liberta da couraça que ainda protege o peito.
-foi muito divertido, devíamos de o fazer mais vezes!
-Sua majestade gosta de me ver sofrer!
-gosto de te ver nessa couraça, nesse elmo de bronze reluzente …de lança em punho, feroz, tão destemido! Para quando uma próxima batalha?
-só daqui a muitos anos…
-mas gostei, principalmente da tua irmã… e dos teus avós, são uns queridos!
-hum! Não fiques viciada…
- estou só um pouco desiludida…andei a ter aulas de primeiros socorros e afinal nem tive de te fazer respiração boca-a-boca!
-ainda vais a tempo de o fazer!
agarro-a pela cintura e caímos no sofá. Já despidos de armaduras, ali ficamos adormecidos, exaustos da batalha e das tréguas, e da reanimação!

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